terça-feira, 27 de março de 2007

Heróis da Tv influenciam os hábitos alimentares das crianças

A ideia que a televisão influencia as crianças não é nova, mas o impacto que tem nos comportamentos alimentares é surpreendente. Os heróis da televisão, poderão ter um impacto negativo nas crianças, no que diz respeito a hábitos alimentares. Todos reconhecemos o mimetismo comportamental das crianças e é necessário estar alerta para o caso da publicidade, principalmente a realizada pelos heróis da Tv. Por outro lado, muitos pais admitem ceder às vontades dos filhos, comprando-lhes os alimentos que esses heróis publicitam. A solução passará por usar este excelente veículo de comunicação numa campanha para uma alimentação saudável, mas que depende fundamentalmente do bom senso dos produtores de programas infantis por oposição aos patrocínios “chorudos” que poderão advir.

quarta-feira, 21 de março de 2007

Mais um caso...



O menino Mateus Souza do Carmo Araújo, 1 ano e 3 meses, que pesa 25 kg, vai ser internado no início da manhã desta segunda-feira na pediatria do Hospital de Clínicas de Salvador, na Bahia. Mateus fará uma bateria de exames com médicos especialistas em obesidade, endocrinologia e pediatria. O bebé estaria cerca de 15 kg acima do normal para uma criança de sua idade.
A mãe de Mateus está muito preocupada porque o filho começou a ter desmaios constantes. "Mateus respira com dificuldade, fala poucas palavras e não consegue andar sozinho". Aline tem outro filho, um menino de 11 anos, mas que não teve o mesmo problema de excesso de peso
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terça-feira, 20 de março de 2007

Campanha anti obesidade infantil gera polémica no Brasil

Uma campanha contra obesidade infantil que espalhou fotos de crianças gordinhas com faixas nos olhos - como se faz com infractores - não foi bem recebida por especialistas. O trabalho de uma agência de propaganda sem ligação com marcas de produtos, exibe, além das imagens, frases que associam a obesidade a doenças, como “Obesidade hoje, diabete amanhã” ou “Obesidade hoje, colesterol amanhã”.
Para alguns especialistas em crianças e adolescentes, as fotos têm sentido punitivo. “A faixa nos olhos de crianças pode ser associada a um universo policial”.“A mãe ou a própria criança que vê a imagem sente culpa”. “A campanha deveria estimular a mudança de hábitos alimentares e não fazer com que a criança se sinta discriminada”.
Impacto, no entanto, é justamente o objectivo dos responsáveis pela iniciativa. “Esta é uma campanha directa e é natural que surpreenda”. “Não temos a menor dúvida da qualidade do trabalho, que foi fundamentado em muita pesquisa”.

As fotos podem ser vistas no site www.diganaoaobesidadeinfantil.com.br.

segunda-feira, 19 de março de 2007

Amamentação e obesidade infantil

A amamentação pode reduzir o risco de obesidade infantil em cerca de 30 por cento, segundo um estudo realizado num hospital escocês. O leite materno é, segundo os especialistas, rico em nutrientes que protegem a criança de infecções, alergias, vómitos e diarreia, podendo ainda ajudar no desenvolvimento do bebé.Uma equipa do Royal Hospital for Sick Children, em Glasgow, conseguiu reunir provas que suportam a teoria de que os bebés amamentados têm menos probabilidades de ficar obesos na infância do que os bebés alimentados com outros produtos. «O nosso estudo sugere que a amamentação está associada com uma redução moderada do risco de obesidade infantil», diz o líder da investigação, John Reilly. O impacto do leite materno na obesidade pode ser observado desde muito cedo e pode ter implicações importantes nas estratégias de redução da obesidade, que está a atingir níveis preocupantes em muitos países industrializados. As crianças obesas tendem a tornar-se adultos obesos e têm maiores probabilidades de sofrer de diabetes, doenças cardíacas e outros problemas ligados ao excesso de peso. Daí que os cientistas sublinhem a potencial utilização das suas descobertas em eventuais estratégias de combate à obesidade.
Na Alemanha, outro estudo corrobora o efeito da amamentação na prevenção da obesidade infantil.

segunda-feira, 12 de março de 2007

Mc Donald's instala ginásios para crianças

A cadeia norte-americana McDonald's instalou de forma experimental, em sete dos seus restaurantes, nos Estados Unidos, ginásios infantis de alta tecnologia para prevenir a obesidade infantil. Se os espaços, para crianças entre os 4 e os 12 anos, tiverem êxito, a empresa quer implantá-los em 5500 dos seus restaurantes, substituindo as áreas de jogos. Para que os mais novos façam os exercícios, os ginásios têm bicicletas estáticas em que podem utilizar jogos de vídeo enquanto pedalam. Também existem rochas artificiais e cordas para escalar, barras para ginástica e pistas de dança.
Qual é a intenção desta empresa? Pensamos que o objectivo é fazer com que os pais sobrestimem os ginásios e permitam aos filhos comer mais alimentos plásticos. A resposta da McDonald's é que lutam pela diminuição da obesidade infantil, doença para que muito contribuiram e contribuem, não só com a instalação de ginásios bem como a melhoria dos seus menús.
Resta-nos esperar que os pais sejam críticos e não se deixem influenciar por supostas boas intenções, porque uma empresa não combate nada sem ganhar nada em troca!
Fonte: Jornal de notícias (9/12/2006)

Banda gástrica em crianças

A obesidade infantil leva os médicos a mudar a idade mínima da cirurgia de colocação de banda gástrica. Até há pouco tempo, era impensável proceder a esta cirurgia antes dos 18 anos, mas a crescente taxa de obesidade infantil está a levar a comunidade científica a alterar estas linhas de orientação. Em Portugal, já existem médicos que recorrem a este método, existindo cerca de 1000 crianças com a referida banda. Contudo, o país pioneiro foi os EUA e, rapidamente, perceberam que os benefícios seriam muito maiores que os riscos. (ler notícia completa)

Campanha nos EUA


A obesidade infantil é uma doença tão preocupante nos EUA (e não só), que o governo decidiu fazer uma campanha de sensibilização dirigida ao público infantil e adolescente. Os protagonistas são o Shrek,o odre mais adorável do mundo, e seus companheiros a Princesa Fiona, o Burro e o Gato das Botas. As personagens do filme de animação, numa mistura de humor e simpatia, convidam as crianças a trocarem a televisão, o computador e sua vida sedentária por uma hora de brincadeira na rua. O objectivo é promover o exercício físico das crianças.

Muito engraçado! Vejam aqui o spot publicitário

"Estamos a criar os miúdos mais gordos da Europa"

A futura geração «tem grandes probabilidades de morrer antes dos próprios pais» e as nossas «crianças começam a ter diabetes aos dez anos».
Temos uma sociedade cada vez «mais idosa» e com «uma juventude com problemas graves», porque, no fundo, «estamos a criar os miúdos mais gordos da Europa». «O governo está a gastar rios de dinheiro a tratar as doenças provocadas pela obesidade, em vez de investir no tratamento da própria obesidade». (ler noticia completa)

terça-feira, 6 de março de 2007

Como se afere a obesidade nas crianças?



A obesidade e a pré-obesidade são avaliadas pelo Índice de Massa Corporal (IMC) ou Body Mass índex (BMI). Este índice permite verificar se o peso de um individuo é o adequado à sua altura e determina-se dividindo o peso (Kg) pela altura (m), elevada ao quadrado.
O diagnóstico de excesso de peso e de obesidade em função do IMC em crianças e adolescentes não é aplicável com as regras do adulto, devido às características dinâmicas dos processos de crescimento e de maturação que ocorrem durante a idade pediátrica.
Contrariamente ao adulto, em que é possível definir exactamente a pré-obesidade e a obesidade, na criança e no adolescente, com as velocidades de crescimento que registam, em ambos os sexos, uma enorme variabilidade inter e intraindividual, isto não é possível.
Assim, o valor do IMC em idade pediátrica deve ser percentilado e tem como base tabelas de referência:
· Valores de IMC iguais ou superiores ao percentil 85 e inferiores ao percentil 95 permitem fazer o diagnóstico da pré-obesidade;
· Valores de IMC iguais ou superiores ao percentil 95 permitem fazer o diagnóstico da obesidade.

segunda-feira, 5 de março de 2007

“Se fosse negligente o meu filho seria um magricelas”


A citação da mãe de Connor, miúdo inglês de 8 anos com 90Kg, depois da segurança social ter ponderado a custódia do menino: “Se fosse negligente o meu filho seria um magricelas” – é do nosso ponto de vista, controversa e gera discussão. A negligência não é demonstrada apenas quando o indivíduo apresenta défice de peso, mas também quando o excesso o atinge. Se bem que se o miúdo fosse desnutrido provavelmente não seria acusada de negligência.
Mas as crianças costumam ser muito impertinentes quando desejam algo, levando os pais ao desespero e a “fazer-lhe as vontadinhas”, por isso também se percebe porque existe obesidade infantil.
A segurança social deve pressionar o estado a educar pais, professores, técnicos auxiliares e mesmo as crianças, de modo a impedir esta expansão explosiva da doença.